segunda-feira, abril 17, 2006

O PRAZER DA ORAÇÃO

"Quero que, em todos os lugares, orem todos os que são dedicados a Deus e podem levantar suas mãos em oração a Ele sem ódio e sem brigas" I Timóteo 2:8:

Conta o ensaísta francês Michel Montaigne (1533-1592) que, quando ele era pequeno, seu pai costumava despertá-lo do sono, bem cedo, de manhã, ao som de sua harpa. Seu objetivo era tornar alegre o despertar do filho, enchendo de harmonia o coraçãozinho do menino.
Recebemos de Deus, nós os cristãos, o tratamento de filhinhos, se, pela manhã, saudamos ao Pai dos Céus. Nossas palavras de oração tocarão as cordas dos instrumentos celestiais e ouviremos, então, as melodias do Céu, que porão nossa vida em harmonia, e nos prepararão para as lutas do dia.
Escreve Gotardo Ferrini: "Não posso conceber uma vida sem oração, um despertar pela manhã, sem encontrar o sorriso de Deus, um reclinar a cabeça à noite, sem primeiro recliná-la sobre o peito de Jesus".
É essa atitude que dá força para enfrentar as vicissitudes da vida. Ninguém pode prescindir da oração, se quiser vencer os transes agudos da vida.
Conta-se de um famoso orador grego que, antes de abrir a sua boca, nas praças de Atenas, para falar, pedia a um músico, que o acompanhava sempre, que lhe desse a nota para falar aos seus concidadãos com voz bela e graciosa. O discurso começava a partir da nota dada, e na mesma tonalidade. Não deveríamos nós, também, assim proceder em nossos hábitos de oração? Ao despontar da aurora peçamos a Deus que nos dê a nota que nos acompanhe durante as horas seguintes do dia! E, a partir da nota dada, pensarmos, falarmos e agirmos na mesma tonalidade!?!
Quem começa o dia falando com Deus, aprende o segredo de tantas vidas vitoriosas, e passa a sentir o prazer da oração!
Há um grande perigo, entre muitos que ameaçam o cristão, e é o de tornar a oração rotineira. Repetem-se palavras iguais, expressões surradas pelo tempo, repetições vãs, termos balbuciados às pressas, palavrório semi-inconsciente. Isso tudo pode tornar a oração algo maçante, cansativo e desagradável, a ponto de, imperceptivelmente o cristão ir perdendo o gosto por ela, passando a orar menos, cada vez menos. E, para sermos honestos com nós mesmos, temos de convir que muitas vezes tratamos a Deus de modo incorreto, inconveniente e até mesmo irreverente. Com ninguém usamos de tão pouca atenção como, às vezes, fazemos para com Deus. Senão, vejamos:
Ao nos dirigirmos a uma pessoa a quem precisamos falar, como é que geralmente nos apresentamos e lhe falamos? Não é verdade que as senhoras tiram da bolsa o espelho e se olham nele, ajeitam o cabelo, passam os dedos nas sobrancelhas, mordem os lábios umedecendo-os, dão uma olhada geral na roupa que vestem, cuidam de seu porte, capricham nos seus gestos e ensaiam um agradável sorriso? Os homens ajeitam o nó da gravata limpam o pigarro, inflam o peito, sacodem a caspa das lapelas e da gola do paletó, olham para o relógio, conferem o brilho dos sapatos, vêem se tudo está em ordem com eles, não é fato?

2 Comments:

At 15/4/14 07:34, Anonymous Anônimo said...

NAO DEVEMOS ORAR SO NA BONAÇIA MAS TANBEM NA TRITEZA

 
At 15/4/14 07:34, Anonymous Anônimo said...

NAO DEVEMOS ORAR SO NA BONAÇIA MAS TANBEM NA TRITEZA

 

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